Chamamos de íons os átomos ou moléculas que estão
desequilibrados eletricamente, possuindo número de prótons maior que o número
de elétrons ou número de elétrons maior que o número de prótons.
Por
exemplo: o átomo de sódio tem 11 prótons e 11 elétrons. Sua distribuição de
elétrons nas camadas eletrônicas é: k=2, l=8, m=1.
Para que o sódio fique com 8
elétrons em sua última camada eletrônica, ficando estável, quando vai se combinar
com outro elemento, formando uma molécula, ele doa/cede o seu elétron da camada
m, portanto, em vez de ficar com 11 elétrons ele fica com 10. Ficando com 11
prótons e 10 elétrons, ele fica com 1 próton a mais, portanto, Na+
(monovalente), com uma partícula de carga positiva a mais.
Nesse caso,
o sódio passa a ser um íon do tipo cátion de sódio.
Cátion
porque está mais positivo que negativo.
O inverso
acontece com o átomo de cloro (Cl). O cloro tem 17 prótons no núcleo e 17
elétrons em sua eletrosfera, sendo que suas camadas eletrônicas ficam: k=2,
l=8, m=7. Quando o cloro se combina com outro elemento químico para formar uma
molécula, para ele ficar estável com oito elétrons na última camada eletrônica,
ele recebe um elétron para completar a sua camada m.
Devido a isso, o íon de cloro fica
com 17 prótons e 18 elétrons, uma partícula de carga elétrica negativa a mais,
dessa forma, ele se torna um íon do tipo ãnion- (Cl-).
Na formação do sal de cozinha NaCl, o sódio doa 1 e- para o cloro e o cloro recebe
um elétron do sódio e assim eles ficam unidos na molécula de cloreto de sódio.
Veja outro exemplo: óxido de
magnésio = MgO
Cátion à Mgk=2, l=8, m=2 à cede dois elétrons à Mg 2+ cátion bivalente (bi =
dois)
Ânion à Ok =2, l= 6à recebe dois elétrons à O 2- ãnion bivalente (bi = dois)
No óxido de magnésio, o magnésio doa
dois elétrons para o oxigênio que recebe dois elétrons, sendo assim:
Magnésio: 12 prótons e 10 elétrons
(fica um íon positivo = cátion)
Oxigênio: 8 prótons e 10 elétrons (fica
um íon negativo = ânion)
É dessa maneira que os átomos se
combinam para fazer as moléculas de forma iônica, através de combinações
iônicas.
Mas essa não é a única maneira. Mais
para frente, no Ensino Médio, você conhecerá as combinações químicas em maiores
detalhes, inclusive seus tipos e classificações.
EXERCÍCIOS SOBRE ÍONS
1 - Uma das rotas da produção do óxido de propileno leva à
formação do subproduto cloreto de cálcio, um composto iônico em que seus íons, Ca2+ e Cl1–, se
encontram dissolvidos em água, como descrito na questão 07. Assinale a
alternativa que apresenta, corretamente, a fórmula desse composto.
Considere a imagem, que apresenta algumas peças de um
quebra-cabeça de cátions e ânions, para responder às questões de números 2 e 3.
2 - Sabendo que os compostos
devem apresentar a neutralidade de cargas, um aluno do 9º ano do Ensino
Fundamental está usando as peças do quebra-cabeça para descobrir as fórmulas de
algumas substâncias químicas. Quando ele unir as peças que apresentam os
íons K+ e NO3−,
estará representando um composto
(A) iônico, denominado nitrato de potássio.
(B) iônico, denominado potássico de nitrogênio.
(C) molecular, denominado nitrato de potássio.
(D) molecular, denominado potássio de nitrogênio.
(E) metálico, denominado nitrato de potássio.
3 - Unindo as peças do quebra-cabeça de
cátions e ânions, o aluno pode concluir, corretamente, que o cloreto de bário apresenta
a fórmula
4 - Leia o trecho do poema A Arte de
Cozinhar, de Vânia Jesus.
“Mais um pouco de alecrim por favor
e uma pitada de sal
não ficava nada mal!
Prova-se o gosto
verificam-se os temperos,
fazem-se poemas com ingredientes,
agora uma batata, ora uma cenoura,
junta-se coentros, um fio de azeite,
depois o tomate, o lume acende-se
e a magia acontece…”
Na segunda linha, a autora faz
referência a um tempero muito utilizado em nossas cozinhas. Assinale a
alternativa que apresenta, corretamente, os números das peças do quebra-cabeça
que representam a fórmula do principal componente desse tempero.
5 - Analise o íon a seguir:
Ele possui: a) 19 prótons. b) 19 nêutrons. c) 39 elétrons. d) número de massa igual a 20. e) número atômico igual a 39.
6 - Analise os íons a seguir:
Dados:
Número atômico: Ca = 20 ; Pb = 82, os íons acima possuem:
a) mesmo número de prótons e elétrons. b) mesmo número de prótons e nêutrons. c) mesma carga nuclear e diferentes massas atômicas. d) igual soma de número de prótons e nêutrons. e) igual diferença entre número de prótons e elétrons.
7 - Analise a espécie química a seguir:
Qual é o seu número de prótons?
a) 2 b) 28 c) 30 d) 32 e) 60
8 - É dado o íon abaixo:
Quantos
elétrons, prótons e nêutrons apresentam respectivamente esse íon:
a) 20, 20
e 20; b) 22, 20 e 20; c) 20, 22 e 20; d) 18, 20 e 20; e) 18, 20 e 40.
9 - O nome que se dá ao íon carregado negativamente:
a) cátion. b)
próton. c) elétron. d) ânion. e) neutro.
10 - Quando se compara o átomo neutro do enxofre com o íon
sulfeto (S2– ), verifica-se que o segundo possui:
a) um elétron a mais e mesmo
número de nêutrons.
b) dois nêutrons a mais e mesmo
número de elétrons.
c) um elétron a mais e mesmo
número de prótons.
d) dois elétrons a mais e mesmo
número de prótons.
e) dois prótons a mais e mesmo
número de elétrons.
11 - O átomo mais abundante do alumínio é o 13Al27. Os
números de prótons, nêutrons e elétrons do íon Al
3+ deste isótopo são, respectivamente:
a) 13, 14 e 10. b)
13, 14 e 13. c) 10, 14 e 13. d) 16, 14 e 10. e) 10, 40 e 10.
12 - A espécie química Pb2+ apresenta 127
nêutrons. Pode-se afirmar que o número total de partículas no seu núcleo é:
Dado: 82Pb
a) 205. b) 206. c) 207. d) 208. e) 209.
SISTEMA SENSORIAL - ÓRGÃOS
DOS SENTIDOS - 1 - VISÃO
O organismo humano é
capaz de realizar uma série de funções. Para que essas funções ocorram, o corpo
necessita ter sistemas de coordenação que comandam tudo, de forma organizada,
geralmente respondendo a estímulos ambientais e internos, do próprio corpo.
Os sistemas de
coordenação são o Sistema Nervoso e o Sistema Endócrino. Para eles serem
informados de tudo o que está estimulando o corpo, existe um conjunto de órgãos
que formam o Sistema Sensorial.
Mas, o que são
estímulos?
Um
estímulo é qualquer evento que tem o potencial de provocar, causar alguma
reação ou resposta do corpo. Quando esse estímulo vem do meio que circunda o
indivíduo, ele é chamado de estímulo ambiental. Os estímulos ambientais que
chegam ao organismo, podem ser luminosos, olfativos, dolorosos, térmicos, etc.
Os
diferentes estímulos são percebidos por diferentes partes do corpo humano, isto
é, pelos órgãos dos sentidos, e podemos reagir a eles de diferentes maneiras;
por exemplo, retirando a mão de um objeto quente, tampando o ouvido ao ouvir um
barulho forte, salivando ao sentir o cheiro de comida etc.
Observe o
texto a seguir, que foi retirado do caderno de aluno do material didático da
Proposta Curricular do Estado de São Paulo:
Antes da aula
Que fome, minha barriga está
roncando! Ainda bem que minha mãe já está preparando o almoço. Este cheirinho
de feijão fresquinho está me dando água na boca. “Felipe, venha almoçar.” Ufa!
Já não aguentava mais. Vou correndo para a cozinha e, sem prestar atenção,
encosto o braço na panela quente. Ai! Sem querer derrubei meu prato. Sorte que
eu ainda não tinha me servido. Após saborear a deliciosa comida de minha mãe,
escovo os dentes e vou para a escola. No caminho, vou pensando na Juliana. Será
que ela vai falar comigo hoje? Será que ela notará que cortei o cabelo? Nossa,
já são quase 13 horas! O sinal já vai bater e tenho que correr para não me
atrasar. Biiiiiiiiiiiiii! Que susto! Se o motorista não buzinasse, eu não
pararia e provavelmente seria atropelado por este ônibus. Atravesso a rua com
mais cuidado e continuo meu trajeto para a escola. Se eu correr mais um pouco,
chegarei para a primeira aula. Pronto, consegui. Ainda faltam três minutos para
o sinal bater. Vou beber água e passar uma água no rosto, pois estou com muita
sede e todo suado. Este calor está me matando. Trrrriiiim! Subo para a sala de
aula e, no caminho, encontro com ela. “Oi, Juliana.” “Oi, Felipe. Você cortou o
cabelo?”. Senti minha bochecha corar e fiquei sem fala. A única coisa que consegui
fazer foi balançar a cabeça afirmando que sim. A aula de Ciências começou.
Elaborado especialmente para o São Paulo
faz escola.
Perceba que
para cada estímulo, houve reação(coes). Além disso, o estímulo foi percebido
por um órgão dos sentidos. Por exemplo:
Cheiro de feijão – percebido pelo nariz –
dá água na boca
A mãe chamando – percebido pelas orelhas –
vai correndo para a cozinha
Encosta na panela quente – percebido pela
pele – puxa o braço e fala ai
E assim por diante...
Conforme o estímulo, entra em ação um
ou mais órgãos dos sentidos. A luz vai estimular os olhos, o som vai estimular
as orelhas, os odores vão estimular as narinas, os sabores estimularão a
língua, o frio, o calor, a pressão estimularão a pele. Mas por que os olhos não
percebem o som, a pele os sabores e assim por diante?
Porque cada órgão dos sentidos possui
receptores próprios, específicos, para captarem estímulos específicos. É nos
olhos que estão as células fotorreceptoras, que percebem a luz; e nas orelhas
que estão as células mecanorreceptoras, capazes de perceber o som; é na língua
e nas narinas que estão as células quimiorreceptoras, capazes de perceberem os
sabores e os odores, e assim por diante.
Podemos
agrupar os receptores em quatro categorias principais:
- Quimiorreceptores – especializados em receber estímulos
por meio de substâncias, permitem os
sentidos do olfato e do paladar.
- Fotorreceptores – responsáveis por receber estímulos luminosos, permitem o
sentido da visão: cores,
imagens e movimentos.
- Termorreceptores – responsáveis por receber estímulos térmicos, permitem o
sentido do tato. Estão
localizados na superfície do corpo.
- Mecanorreceptores – responsáveis por receber estímulos
mecânicos e de pressão. Podem ser auditivos,
que permitem perceber os sons, ou
táteis, que permitem perceber o que é liso, áspero, duro ou mole e
até a dor.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
Ao longo desta
postagem, vamos conhecer melhor os receptores de cada um dos órgãos dos
sentidos.
1 - O OLHO HUMANO E O SENTIDO DA VISÃO
Os olhos humanos tem
formato arredondado, globular, parecendo bolas recheadas de líquidos, que se
localizam nas órbitas oculares, na parte anterior da cabeça (rosto). Esses líquidos que preenchem os olhos são o
humor vítreo e o humor aquoso. Veja na figura:
As órbitas são duas cavidades arredondadas do
esqueleto da face, onde estão inseridos os olhos, músculos, nervos, vasos
sanguíneos e o aparelho lacrimal. Veja a figura a seguir:
Os olhos ficam fixos
nas órbitas oculares através de feixes de músculos, que também servem para que
os olhos se movimentem de um lado para o outro. Veja os feixes de músculos e os
movimentos que possibilitam na figura a seguir:
Segundo
o site http://www.lotteneyes.com.br/patologias-estrabismo/, O estrabismo é
uma patologia oftalmológica que consiste no desalinhamento dos olhos. A maioria
dos casos tem início na infância, mas também pode ocorrer durante a vida
adulta.
O estrabismo é causado por problemas
nos feixes de músculos ligados aos olhos. Eles podem ser mais encurtados ou
alongados de um lado do que do outro, fazendo com que os olhos fiquem tortos.
Dependendo do tipo de desvio dos
olhos, o estrabismo pode ser classificado em:
-
esotropia ou ou desvio convergente (desvio dos olhos para dentro);
-
a exotropia ou desvio divergentes (desvio dos olhos para fora) e
-
os desvios verticais (um olho fica mais alto ou mais baixo do que o outro). Ou
outras denominações. Veja a figura a seguir:
Na
maioria dos casos de estrabismo, os pacientes estrábicos são assintomáticos. Em
alguns tipos de estrabismo o paciente pode apresentar dores
de cabeça, dor nos olhos e sonolência durante as tarefas visuais. A queixa de
visão dupla é geralmente observada em pacientes adultos.
Para o tratamento do estrabismo, alguns são corrigidos com o uso de
óculos, outros com uso de óculos e cirurgia de correção de estrabismo e há
aqueles que são corrigidos apenas com a cirurgia de correção de estrabismo.
Atualmente em alguns casos pode ser realizado o tratamento do estrabismo com
toxina botulínica.
É
importante tratar, pois observa-se
que pacientes com estrabismo podem ter problemas psicológicos,
sociais e econômicos relacionados ao desvio ocular. Mais do que nunca a
sociedade dá importância à aparência, influenciando nosso comportamento e autoestima.
Neste contexto a posição dos olhos é fundamental.
Os
feixes de músculos oculares ligam-se à esclerótica, uma das camadas membranosas
(peles) dos olhos.
Os olhos são revestidos por três camadas de
pele, são
elas: a camada externa, formada pela esclera ou esclerótica e córnea; a camada média ou
túnica vascular, constituída pela coróide,
pelo corpo ciliar e pela íris; a camada interna ou a retina, que se comunica com o cérebro
por meio do nervo óptico.
A esclera, na parte da frente dos olhos e no interior das
pálpebras, é revestida por uma membrana transparente chamada conjuntiva. Quando
a conjuntiva da esclera se infecciona com vírus, bactérias, fungos, corpos
estranhos ou alergenos, tem-se a conjuntivite.
Veja as figuras. Para cada parte da figura, acompanhe as explicações
a seguir:
1 – Córnea: parte
transparente ligada à esclera que é transparente e que cobre a íris e a pupila.
É bastante curva e ajuda os raios luminosos chegarem na retina. Protege o olho
dos raios nocivos. É a parte transplantada nos casos necessários. Portanto, o
“transplante de olhos”, na realidade, é na realidade o transplante de córnea,
como mostra a ilustração a seguir.
Para compreender melhor, assista ao vídeo
disponível em https://www.youtube.com/watch?v=0gdijnjonCk
2 – Íris: parte colorida do olho. Na
realidade é bastante muscular. Se a íris contrai, a pupila diminui. Se a íris
relaxa, a pupila aumenta.
O que se sabe hoje é
que dois pares de genes (fragmentos de DNA) estão envolvidos na determinação da
cor da íris dos olhos: no cromossomo 19 foi identificado o gene EYCL1,
conhecido como GEY e, no cromossomo 15 foi identificado o
gene EYCL3 ou BEY. Ambos os genes estão envolvidos na produção
da melanina na íris. Conforme os genes comandam maior ou menor fabricação de
melanina nas íris dos olhos da pessoa, será a cor de olhos dela. Mais melanina,
mais escuro, menos melanina, mais claros.
Mas existem pessoas
que possuem um olho de cada cor, uma condição chamada heterocromia. Segundo a
revista Mundo Estranho, a heterocromia pode ser tanto herdada
geneticamente quanto adquirida por doenças ou ferimentos. Existem dois tipos: a
setorial (duas cores no mesmo olho) e a completa (um olho de cada cor), e é até
possível ter os dois tipos ao mesmo tempo. Toda espécie de combinação é
possível (azul e verde, castanho e azul etc.). O fator decisivo é o mesmo de
quem tem os dois olhos iguais: a quantidade de melanina na íris do globo
ocular. Os genes envolvidos nessa produção podem apresentar-se alterados. O
fenômeno ocorre em menos de 1% da população mundial (e em alguns cães e gatos).
É inofensivo, mas também pode ser causado por algumas doenças graves, como a
neurofibromatose.
3 – Pupila: é a abertura do olho por
onde a luz entra. No escuro, a pupila abre. No claro, ela diminui. Isso ocorre
sob a atuação dos músculos presentes na íris, aumentando ou diminuindo o
diâmetro da pupila para permitir a maior captação de luz possível. Quanto mais
escuro, maior a abertura, para tentar captar a maior quantidade possível de luz
do ambiente.
Confira mais uma vez a
anatomia externa do olho, compreendendo onde fica a íris e onde fica a pupila:
4 – Músculos ciliares: por incrível que pareça,
dentro dos olhos existem músculos. São os músculos ciliares, que controlam a
curvatura do cristalino. Se eles se contraem, o cristalino fica menos curvo,
auxiliando para focalizar objetos vistos de longe. Se eles relaxam, o cristalino
fica mais curvo, auxiliando focalizar imagens de objetos próximos;
5 – Cristalino: é a lente interna do olho.
Serve para focalizar a imagem justamente em cima da retina. Como é uma lente
biconvexa, os raios luminosos são convergidos para um ponto e invertidos.
Devido a isso, a imagem na retina se forma de ponta-cabeça;
6 – Esclerótica: é o branco dos olhos. É uma
túnica (pele) bem resistente, preenchida com líquido (humor vítreo) dando o
formado do olho. É onde ocorre a conjuntivite, infecção por vírus, bactérias ou
partículas.
Segundo o site do Dr Dráuzio Varela, existem
vários tipos de conjuntivite: as bacterianas, as virais e as alérgicas. Cada
uma demanda um tratamento específico, por isso a importância do diagnóstico
correto. Não devemos usar colírios com antibiótico nas conjuntivites virais,
nem colírios à base de cortisona, um anti-inflamatório, nas conjuntivites
bacterianas.
As conjuntivites virais e bacterianas
instalam-se de modo semelhante. A pessoa se contamina geralmente através das mãos,
coçando o olho, e a conjuntivite começa por um dos olhos e depois de três ou
quatro dias acometem o outro. No primeiro olho, o quadro costuma ser mais
agressivo do que no segundo.
Em alguns aspectos, as conjuntivites
virais são muito semelhantes às bacterianas: além de deixarem os olhos
vermelhos, formam lacrimação em excesso, manifestam-se inicialmente em apenas
um olho e, só depois do terceiro ou quarto dia, passam para o outro.
Diferentemente das bacterianas, porém,
nas virais não há formação de pus, e sim de muco. O olho amanhece grudado e
durante o dia ocorre um excesso de lágrimas, de lágrimas espessas.
Para a conjuntivite viral não há
tratamento específico. Como ocorre nos quadros gripais, o tratamento é
sintomático. Utilizam-se compressas, por exemplo. Existe o conceito, de que
água boricada faz bem. Ela pode aliviar os sintomas da conjuntivite, mas possui
uma série de conservantes em sua composição que, muitas vezes, provocam reação
alérgica intensa. O conselho, então, é não usar água boricada. Deve-se usar
água natural da Sabesp ou as engarrafadas. A água deve estar fria, porque o
frio ajuda a desinflamar, a desinchar os olhos. Além disso, são indicados
colírios sintomáticos, isto é, colírios adstringentes, de limpeza e, com
frequência, um colírio vasoconstritor para reduzir o vermelho e a inflamação.
Nunca devemos usar colírios com antibiótico, já que não existem bactérias para
matar e eles podem provocar alergia.
Nas conjuntivites bacterianas, o quadro
inclui a secreção purulenta que não é apenas matinal. Nesse caso, devem ser
indicados colírios à base de antibióticos. Muito raramente o tratamento inclui
antibióticos por via oral. O uso de colírios costuma ser suficiente.
7 – Retina:
é a túnica (pele) interna do olho. Formada por células sensoriais, os cones
(para enxergar cores) e os bastonetes (para enxergar com pouca luz). Tem um
local chamado ponto cego de onde parte o nervo óptico para o cérebro, na
região, occipital, onde a imagem é interpretada e a reação enviada.
A retina é uma das membranas do seguimento posterior do olho, que tem a função de transformar o estímulo luminoso em um estímulo nervoso e enviá-lo ao cérebro, para que as imagens sejam lidas. A membrana nervosa do olho é ligada desde o nervo óptico até a pupila. São dez camadas, dos quais se destacam o epitélio pigmentário que é a camada externa, e a camada sensorial, composta de fotorreceptores.
Isso quer dizer que a retina é a parte do olho responsável pela formação de imagens, ou seja, pelo sentido da visão. Sendo como uma tela para projetar as imagens enxergadas, que retém as imagens, traduzindo para o cérebro através dos impulsos elétricos enviados pelo nervo óptico ao cérebro.
Os cones são as células
fotorreceptores capazes de perceber as cores. No olho humano, os cones operam
no sistema RGB (red-green-blue) e todas as cores que somos capazes de enxergar
são resultantes da combinação vermelho, verde e azul. Já os bastonetes são
células capazes de perceber claro e escuro, possibilitando visualizar o
contorno dos corpos, por exemplo.
Então, segundo o link http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI255024-EI1431,00-Os+animais+enxergam+em+cores.html, existem dois tipos de células sensíveis à
luz no olho: os cones e os bastonetes, cujos nomes respondem à forma destas
células. Cada uma delas é especializada em um aspecto distinto da captação de
luz: enquanto os bastonetes respondem à intensidade luminosa (níveis baixos ou
altos de luz), os cones leem as frequências da luz, que, na banda visível do
espectro eletromagnético, são o que conhecemos como cores. Assim, os bastonetes
nos ajudariam a ver de noite ou com pouca luz e os cones nos permitem perceber
distintas cores.
Tanto nos bastonetes como nos cones, existem moléculas de um tamanho
relativamente grande que absorvem os fótons que chegam a elas e que são as que
produzem finalmente impulsos elétricos no nervo óptico. A distinção de
cores está baseada em dois aspectos:
1. A quantidade de cones diferentes que possua o animal: cada tipo de
cone percebe uma frequência luminosa diferente. Por exemplo, no caso do homem,
possuímos três tipos diferentes de cones que respondem a três frequências
diferentes: luz azul, luz verde e luz vermelha. Possuímos até seis milhões de
cones em nossa retina.
2. Como o cérebro do animal interpreta posteriormente a combinação das
frequências diferentes que recebe: para que um animal possa perceber um mundo
em cores, precisa ter pelo menos duas classes diferentes de células sensíveis à
cor em seu olho, os cones, e um cérebro que possa entender as mensagens que
recebe destas células.
Os casos de alguns animais:
Um cachorro pode ver em cor, mas não tantas cores como os homens, já que
possui só dois tipos distintos de cones. Por exemplo, o cachorro pode
distinguir o azul do amarelo, do vermelho ou do verde, mas não pode distinguir
o vermelho do verde. O esquilo e o gato possuem também só dois tipos diferentes
de cones. Uma pomba pode perceber mais cores do que um humano já que
possui até cinco tipos diferentes de cones. A borboleta possui quatro tipos
diferentes de cones. Um tipo de camarão tem pelo menos 12 classes de células
sensíveis à cor e provavelmente seja o animal que mais cores perceba.
No outro extremo, podemos encontrar casos de animais que não possuem cones e só
disponha de bastonetes em seu olho. Eles não poderão perceber cor alguma, apenas
mudanças de intensidade de luz. Seu mundo é um mundo de sombras, no qual as
sombras menos escuras correspondem a mais luz e as menos escuras, a menos luz.
Este é o caso, por exemplo, das salamandras.
Também não verá a cor um animal que, além de bastonetes, só possua um
tipo de cone (são necessários dois, no mínimo, para distinguir cores). Assim,
seu mundo não será em escala de cinzas como, no caso da salamandra, mas na
escala da única cor que percebam seus cones. Isso é que acontece com o
polvo.
A quantidade de bastonetes que um animal possui faz com que sua visão
noturna seja melhor. É o caso de caçadores noturnos, como o cachorro. Os
caninos veem na escuridão de 4 a 5 vezes melhor do que o ser humano. Ainda há o
caso de animais que possuem células sensíveis a frequências que ficam em faixa
do espectro eletromagnético não visível para os olhos humanos. É o caso das
abelhas, que veem a luz ultravioleta (UV), uma frequência que é invisível para
nossos olhos. As abelhas usam esta visão em UV para ver os padrões das pétalas
florais, os quais lhe indicam onde se encontra o néctar.
Quanto à
visão dos bois, verdadeira causa de muita discussão. Segundo Dr. Fernando
Cavazos (https://www.abspecplan.com.br/upload/library/Como-os-bovinos-veem-e-ouvem.pdf)
é importante saber que estudos
revelam que os bovinos podem ver com maior facilidade cores de comprimento de
onda longa ou intermediaria, de 700 a 550 nanômetros: Em ordem descendente, laranja
> vermelho > amarelo-verde > amarelo. Têm bastante dificuldade para
distinguir as cores de comprimento de onda curta, de 500 a 400 nanômetros, como
o azul, cinza e alguns verdes. A cor menor visibilidade é o violeta.
Não há nada
contra o vermelho. O touro, nas touradas, é irritado com vários tipos de
tortura animal e, quando entra na arena, vai para cima do toureiro,
independente da cor de sua capa. Acontece que, as touradas são típicas da
Espanha, país cuja bandeira é principalmente vermelha e amarelo, então, o
toureiro geralmente se veste de dourado e movimenta uma capa vermelha. Apenas
isso.
Na figura a
seguir, analise o espectro de cores que os cães conseguem ver, comparado com o
nosso:
8 - Nervos ópticos: é um par de nervos cranianos que ligam os olhos ao cérebro, auxiliando para que os estímulos luminosos captados pelas células fotorreceptoras da retina cheguem até a região occipital para ser recebida, interpretada e respondida.
As figuras a seguir, mostram o nervo óptico sob vários ângulos para que você compreenda melhor:
Os olhos podem apresentar alguns problemas que não permitam a visão com clareza. Para exemplificá-los, serão tratados aqui a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo. São problemas mais comuns.
Antes disso, vamos revisar como a imagem se forma no olho:
1 - A luz incide sobre um corpo e este a reflete;
2 - A luz refletida atravessa a córnea e passa pela abertura da pupila e chega ao cristalino, onde sofre refração;
3 - O cristalino, sendo uma lente biconvexa, portanto, convergente, reúne os raios luminosos em um ponto e, depois, esses raios se cruzam e se invertem. Os músculos ciliares ajustam o cristalino conforme a distância do objeto, para que a imagem seja refletida sobre a retina;
4 - A imagem se forma sobre a retina, invertida de baixo para cima, estimulando as células fotossensíveis da retina, os cones e os bastonetes;
5 - Esse estímulo é conduzido pelo nervo óptico até o cérebro, na região occipital, onde a imagem é desinvertida e compreendida.
A - MIOPIA
A miopia é um problema de visão que dificulta a visualização de objetos mais distantes.
Conforme é o caso, a miopia afeta a capacidade de focar objetos distantes. Pessoas com miopia grave podem ver claramente apenas objetos a poucos centímetros de distância, enquanto aqueles com miopia leve podem ver claramente os objetos até vários metros de distância.
Ela ocorre geralmente porque o globo ocular é mais alongado do que deveria ser (seja pelo tamanho do globo ocular mesmo ou pela curvatura da córnea, que pode ser maior, dificultando a passagem da luz) ou o cristalino não consegue se ajustar adequadamente para focalizar objetos distantes. No olho míope a imagem de objetos distantes formam-se antes da retina, não havendo foco sobre ela.
http://www.cevipa.com.br/o-que-e-miopia/
A miopia pode se desenvolver gradualmente ou rapidamente, muitas vezes piora durante a infância e adolescência. A miopia tende a afetar membros da mesma família, pois é genética e hereditária. Pelo menos 30 a 40% da população ocidental é afetada com miopia, segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
Para correção da miopia existem os óculos com lentes côncavas, que são divergentes, e existem as cirurgias.
Os óculos com lentes divergentes "atrasam o cruzamento dos raios luminosos" ajustando o foco sobre a retina nos olhos que são mais alongados ou onde o cristalino não foi eficiente nesse trabalho.
http://www.aulas-fisica-quimica.com/8f_19.html
http://slideplayer.com.br/slide/1671700/
Cirurgia refrativa: Regulariza a córnea através do uso de laser, deixando-a mais plana, desta forma a imagem passa a ser formada na retina, propiciando uma excelente qualidade visual, reduzindo ou mesmo eliminando a necessidade no uso de óculos e lentes de contato. Houve grande avanço na tecnologia nos exames e laser, tornando a cirurgia refrativa com alta segurança e previsibilidade. A cirurgia é realizada com anestesia local (colírio), tem duração em torno de 10-15 minutos e uma rápida recuperação visual. Assista ao vídeo:
B - HIPERMETROPIA
Na hipermetropia, as pessoas têm dificuldade de enxergar de perto.
A hipermetropia ocorre quando a imagem acaba se formando atrás da retina. Isso pode ocorrer quando o eixo do globo ocular é mais curto do que o normal, quando o cristalino não se ajusta adequadamente para objetos vistos de perto ou quando a córnea é mais plana do que o normal.
Para a correção da hipermetropia, são usadas óculos ou lentes de contato com lentes convexas, que são convergentes, que ajustam os raios luminosos sobre a retina, "juntando-os e cruzando-os".
O astigmatismo se caracteriza pela formação da imagem em vários focos, em eixos diferenciados. Uma córnea normal é redonda e lisa, no caso de quem tem astigmatismo, ela é mais ovalada, isto faz com que a luz se refrate por vários pontos da retina em vez de se focar em apenas um.
Para as pessoas com este problema, todos os objetos – tanto próximos como distantes – ficam distorcidos. As imagens ficam embaçadas porque alguns dos raios de luz são focalizados e outros não. A sensação é parecida com a distorção produzida por um pedaço de vidro ondulado.
O astigmatismo é causado pelo formado irregular da córnea ou do cristalino. Ele é hereditário e pode ocorrer em conjunto com a miopia ou a hipermetropia. Um astigmatismo ligeiro pode desenvolver-se ao longo dos anos, devido à alteração da curvatura da córnea, provocada pelas milhares de piscadas diárias.
Pessoas que sofrem de astigmatismo ligeiro podem corrigir sua visão com o uso de lentes de contato ou óculos com lentes tóricas ou cilíndricas, que têm formato irregular, que fazem com que os raios de luz se concentrem em um plano único. Em casos mais graves, pode-se recorrer à cirurgia a laser ou a um procedimento conhecido como ceratotomia astigmática.
O formato dos olhos: olho normal, olho míope (longo), olho hipermétrope (curto) e olho com astigmatismo
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Diferentes lentes para as correções: olho míope, lente côncava divergente; olho hipermétrope, lente convexa convergente e olho astigmata, lente irregular